Jaeger on Nostr: Sei que posso estar sendo um pouco redundante nesse assunto, mas acredito que seja ...
Sei que posso estar sendo um pouco redundante nesse assunto, mas acredito que seja interessante dissertar um pouco sobre como a queda da Síria não só influencia a questão econômica russa, mas como também o status quo geopolítico da Rússia.
A traição dos russos a Bashar al-Assad sem dúvidas foi devido a uma questão geopolítica no conflito ucraniano, oriunda de uma tentativa pra alinhar os interesses ocidentais e russos pra conseguir um tratado de paz na Ucrânia. Esse conflito foi algo que Putin na verdade nunca quis, ignorando o euromaidan e suas consequências pra, então, só agir quando percebeu a OTAN batendo na sua fronteira através do governo Zelensky.
Ainda assim, mesmo tendo que optar pelo conflito contra sua própria vontade, ele preferiu fazer uma guerra de atrito da qual buscava desgastar os recursos militares da OTAN do que simplemente encerrar tudo com uma operação que visava conquistar a Ucrânia o quanto antes - uma posição estratégica na época vista como uma boa abordagem devido a impossibilidade de escalar em um conflito ainda maior. Mas hoje vimos que na verdade poderia ser por outra coisa, simplemente pelo fato dos russos nunca terem mirado nas infraestruturas ucranianas permitindo assim grupos financeiros como BlackRock tomar posse de diversas propiedades industrias na Ucrânia.
Aliás, as próprias tentativas de negociação pela paz foram feitas e procuradas pelo governo russo, através de um oficial do governo chamado Vladimir Medinsky - Ministro da cultura no governo russo por 7 anos, repentinamente destituido do cargo e então posto como Assessor do presidente da Rússia em 2020 - que liderou uma delegação russa pra negociar com o governo ucraniano em Istambul entre 29 de março e 1 de abril, algo duramente criticado por forças internas na Rússia que impediu a conclusão do acordo; Após isso Medinsky sumiu e só foi reaparecer publicamente novamente em julho desse ano quando foi listado pelo Kremlin em uma reunião com Victor Orban na Hungria - que se conectava diretamente com Donald Trump, ainda candidato aos EUA - sobre os termos para o fim da guerra. No mesmo comunicado do Kremlin Medinsky foi clasificado à frente do Ministro de Relações exteriores Sergei Lavrov, e do conselheiro de política externa de Putin, Yury Ushakov.
Toda essa posição política do Putin onde tomava decisões ruins na sua estratégia na operação russa na Ucrânia e nessa constante busca por tratados de trégua lhe rendeu diversas críticas internas. Uma delas foi do Almirante Sergei Avakyants, comandante de longa data da frota Russa do pacífico, cujo foi afastado do seu cargo por Putin após pronunciar que devido a política externa do governo a Rússia está correndo risco de sofrer a maior catástrofe de sua história.
Pois bem, a queda da Síria pode ser a peça de um dominó derrubada que pode acarretar na queda de diversas outras em em um efeito cascata. Começando diretamente no Oriente Médio, os russos aumentaram sua proximidade com a região no início do conflito com a Ucrânia, onde inclusive começaram a apoiar os houthis em resposta aos EUA terem armado os ucranianos, porém existe uma enorme dúvida já que oficialmente os russos lhes condenam por bloquear o mar vermelho e também devido ao fato da Rússia estar querendo reabrir sua embaixada no Iêmen não na Sanaã - capital do Iêmen controlada pelos Houthis - mas sim na Áden, capital da do governo inimigo dos Houthis.
Esse aumento no enfraquecimento da influência russa - com uma possível derrocada ainda maior já que não sabemos ainda se conseguirão manter suas bases militares na Síria - na região pode acarretar em um afastamento nas relações diplomáticas das monarquias no Golfo com Moscou, dessa forma criando uma ruptura no percurso onde Riad entraria no BRICS, além da perca de um parceiro importador de produtos alimentares que vem ajudando bastante a Rússia, no caso o Emirados Árabes Unidos com tudo isso gerando um esfriamento interno dentro da OPEP+ dessa forma permitindo os EUA fazer o truque do Reagan em 1980 - organizar um colapso no preço do petróleo, afim de diminuir as receitas orçamentárias da Rússia.
Daí vamos para África, onde a queda da Síria pode causar uma má impressão nas lideranças anti-imperialistas na região do qual se apoiavam no Wagner Group - Do qual foi encorporado ao exército russo após a morte de seu comandante - inclusive preocupados com uma possibilidade de serem abandonados e chamados de incompetentes para receber a culpa, tal qual aconteceu com o partido Baath. Curiosamente Joe Biden fez uma visita a Angola durante os seus últimos dia de mandato e anunciou o investimento na criação do Corredor ferroviário "Corredor de Lobitos" do qual pretende atravessar de leste a oeste no continente e tem como propósito facilitar o escoamento de minerais do Cinto e da Zâmbia até o porto angolano de lobito, o Projeto também contará com investimento europeu.
De qualquer forma, a Rússia sai como a principal descreibilizada entre às lideranças do Sul Global enquanto, ao mesmo tempo, o Ocidente faz uma jogada fenomenal, praticamente um xeque mate nas lideranças russas e demais regiões. Aliás, tendo apenas indícios que isso só começou e provavelmente a de vir mais ataques pela frente, tudo isso fruto do desperdício feito pela chance criada pelo Hezbolah e os houthis.
A traição dos russos a Bashar al-Assad sem dúvidas foi devido a uma questão geopolítica no conflito ucraniano, oriunda de uma tentativa pra alinhar os interesses ocidentais e russos pra conseguir um tratado de paz na Ucrânia. Esse conflito foi algo que Putin na verdade nunca quis, ignorando o euromaidan e suas consequências pra, então, só agir quando percebeu a OTAN batendo na sua fronteira através do governo Zelensky.
Ainda assim, mesmo tendo que optar pelo conflito contra sua própria vontade, ele preferiu fazer uma guerra de atrito da qual buscava desgastar os recursos militares da OTAN do que simplemente encerrar tudo com uma operação que visava conquistar a Ucrânia o quanto antes - uma posição estratégica na época vista como uma boa abordagem devido a impossibilidade de escalar em um conflito ainda maior. Mas hoje vimos que na verdade poderia ser por outra coisa, simplemente pelo fato dos russos nunca terem mirado nas infraestruturas ucranianas permitindo assim grupos financeiros como BlackRock tomar posse de diversas propiedades industrias na Ucrânia.
Aliás, as próprias tentativas de negociação pela paz foram feitas e procuradas pelo governo russo, através de um oficial do governo chamado Vladimir Medinsky - Ministro da cultura no governo russo por 7 anos, repentinamente destituido do cargo e então posto como Assessor do presidente da Rússia em 2020 - que liderou uma delegação russa pra negociar com o governo ucraniano em Istambul entre 29 de março e 1 de abril, algo duramente criticado por forças internas na Rússia que impediu a conclusão do acordo; Após isso Medinsky sumiu e só foi reaparecer publicamente novamente em julho desse ano quando foi listado pelo Kremlin em uma reunião com Victor Orban na Hungria - que se conectava diretamente com Donald Trump, ainda candidato aos EUA - sobre os termos para o fim da guerra. No mesmo comunicado do Kremlin Medinsky foi clasificado à frente do Ministro de Relações exteriores Sergei Lavrov, e do conselheiro de política externa de Putin, Yury Ushakov.
Toda essa posição política do Putin onde tomava decisões ruins na sua estratégia na operação russa na Ucrânia e nessa constante busca por tratados de trégua lhe rendeu diversas críticas internas. Uma delas foi do Almirante Sergei Avakyants, comandante de longa data da frota Russa do pacífico, cujo foi afastado do seu cargo por Putin após pronunciar que devido a política externa do governo a Rússia está correndo risco de sofrer a maior catástrofe de sua história.
Pois bem, a queda da Síria pode ser a peça de um dominó derrubada que pode acarretar na queda de diversas outras em em um efeito cascata. Começando diretamente no Oriente Médio, os russos aumentaram sua proximidade com a região no início do conflito com a Ucrânia, onde inclusive começaram a apoiar os houthis em resposta aos EUA terem armado os ucranianos, porém existe uma enorme dúvida já que oficialmente os russos lhes condenam por bloquear o mar vermelho e também devido ao fato da Rússia estar querendo reabrir sua embaixada no Iêmen não na Sanaã - capital do Iêmen controlada pelos Houthis - mas sim na Áden, capital da do governo inimigo dos Houthis.
Esse aumento no enfraquecimento da influência russa - com uma possível derrocada ainda maior já que não sabemos ainda se conseguirão manter suas bases militares na Síria - na região pode acarretar em um afastamento nas relações diplomáticas das monarquias no Golfo com Moscou, dessa forma criando uma ruptura no percurso onde Riad entraria no BRICS, além da perca de um parceiro importador de produtos alimentares que vem ajudando bastante a Rússia, no caso o Emirados Árabes Unidos com tudo isso gerando um esfriamento interno dentro da OPEP+ dessa forma permitindo os EUA fazer o truque do Reagan em 1980 - organizar um colapso no preço do petróleo, afim de diminuir as receitas orçamentárias da Rússia.
Daí vamos para África, onde a queda da Síria pode causar uma má impressão nas lideranças anti-imperialistas na região do qual se apoiavam no Wagner Group - Do qual foi encorporado ao exército russo após a morte de seu comandante - inclusive preocupados com uma possibilidade de serem abandonados e chamados de incompetentes para receber a culpa, tal qual aconteceu com o partido Baath. Curiosamente Joe Biden fez uma visita a Angola durante os seus últimos dia de mandato e anunciou o investimento na criação do Corredor ferroviário "Corredor de Lobitos" do qual pretende atravessar de leste a oeste no continente e tem como propósito facilitar o escoamento de minerais do Cinto e da Zâmbia até o porto angolano de lobito, o Projeto também contará com investimento europeu.
De qualquer forma, a Rússia sai como a principal descreibilizada entre às lideranças do Sul Global enquanto, ao mesmo tempo, o Ocidente faz uma jogada fenomenal, praticamente um xeque mate nas lideranças russas e demais regiões. Aliás, tendo apenas indícios que isso só começou e provavelmente a de vir mais ataques pela frente, tudo isso fruto do desperdício feito pela chance criada pelo Hezbolah e os houthis.
quoting note14g3…ahrhTambém é bom lembrar as enormes reservas de gás natural e petróleo inexploradas da Bacia do Levante -122 trilhões de pés cúbicos em gás naturala um valor líquido de US$453 bilhões(preço de 2017) e 1,7 bilhão de barris em petróleo. US$ 524 bilhões em combustíveis ao todo - da qual se divide entre Gaza, Israel, Síria e Líbano.
Os EUA junto de Israel conseguiriam criar uma rota segura de transporte desses combustíveis para a Europa através da construção de gasodutos que vão até Chipre, Grécia e Turquia, desse jeito desbancando totalmente o produto russo; Vale a pena mencionar que, mesmo após o início do conflito na Ucrânia, os russos ainda são os maiores fornecedores do mercado europeu, na verdade tendo até um aumento - A Gazprom aumentou a exportação de gás para a Europa em 35%, isso em 2023, através do acordo onde a Ucrânia permite que o gás russo transite pelo seu território, além do transporte via Turquia.
Em 2009 o Qatar ofereceu construir um gasoduto que forneceria gás natural pra Europa através da Turquia e do qual passaria pela Síria, que recusou devido a pressão russa. Portanto é importante dizer que a queda da Síria pra Rússia pode representar mais uma iminente facada ao Putin, tanto do seu amigo quanto Erdogan quanto do Ocidente.
note15qy…wlyx