kunark on Nostr: # [Criptoativos abrem ‘rombo’ de US$ 14 bilhões na conta de capitais do Brasil e ...
# [Criptoativos abrem ‘rombo’ de US$ 14 bilhões na conta de capitais do Brasil e contribuem para pior resultado da história](https://br.cointelegraph.com/news/crypto-assets-open-a-14-billion-hole-in-brazils-capital-account-and-contribute-to-the-worst-result-in-history)
US$ 56,2 bilhões deixaram o Brasil por vias financeiras até outubro em 2024, de acordo com dados do Banco Central.
O saldo líquido de importação de criptoativos no Brasil somou US$ 14 bilhões entre janeiro e outubro de 2024, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC), contribuindo para o valor recorde de US$ 56,2 bilhões que deixaram o país por vias financeiras neste ano.
Trata-se do maior fluxo de saída de dólares no período desde que o BC começou a contabilizar oficialmente esses dados em 1982. O fluxo financeiro engloba operações de entrada e saída de dólares nos mercados de capitais, incluindo investimentos em criptoativos e ações em bolsas de valores estrangeiras, remessas de lucros e dividendos para o exterior e investimentos estrangeiros diretos no país.
O volume de importações de criptoativos atingiu US$ 15 bilhões no acumulado do ano em outubro, o que representa um crescimento de 57,9% em relação aos US$ 9,5 bilhões registrados no mesmo período no ano passado. As exportações no período somaram US$ 949 milhões este ano, contra US$ 463 milhões em 2023.
> Banco Central do Brasil vai abrir consulta pública para ver se cobra IOF em operações com stablecoins
Apesar do déficit na conta financeira do Brasil, os criptoativos não afetam as transações correntes do balanço de pagamentos, que acumularam um déficit de US$ 37,7 bilhões entre janeiro e outubro, segundo os dados revisados apresentados pelo BC.
Em julho, o BC adotou uma norma técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI) que modifica o status dos criptoativos nas estatísticas de balanços de pagamentos. A revisão metodológica teve um impacto significativo no saldo de transações correntes registrados em 2023 e 2024.
Anteriormente classificados como bens, os criptoativos passaram a ser considerados 'ativos não financeiros não produzidos'. Com isso, as importações de criptoativos deixaram de ser registradas na balança comercial e passaram a ser contabilizadas na conta de capital do Brasil, que compreende as transações de compra e venda de ativos não produzidos e transferências de capital.
Fernando Rocha, chefe do departamento de estatísticas do BC, atribuiu o resultado negativo registrado este ano à redução das entradas de capital estrangeiro pela via cambial, em uma reportagem publicada pela Folha de São Paulo:
> *“Neste ano, registramos um ingresso líquido menor de capital estrangeiro, que são aqueles fluxos de investimento direto, ações, renda fixa, empréstimos e outros. Eles somaram R$ 54,8 bilhões de janeiro e outubro do ano passado e agora foram R$ 31 bilhões.”*
> Brasil está no centro do projeto de expansão global da World, startup de criptomoedas e ID digital de Sam Altman
A tendência é que haja uma aceleração do fluxo de saída de capital do país no último trimestre, segundo Rocha, o que pode resultar na maior fuga de dólares do país na história. Até agora, o recorde foi registrado em 2019, quando US$ 65,8 bilhões deixaram o país.
Andrea Damico, economista-chefe da Armor Capital, citou a aceleração da remessa de lucros e dividendos de empresas estrangeiras e dos investimentos em criptomoedas como fatores estruturais para o saldo negativo da conta financeira do Brasil.
“A dinâmica de investimentos está favorecendo a saída de recursos do país neste ano", afirmou Damico. “No momento, não vejo perspectiva de reversão desse comportamento.”
Apesar do saldo negativo recorde na conta financeira, o fluxo cambial segue positivo no acumulado de janeiro a outubro, devido aos resultados positivos da balança comercial. Em outubro, foi registrado um superávit de US$ 3,4 bilhões.
A importação de criptoativos no Brasil está em tendência de alta em 2024, conforme noticiado recentemente pelo Cointelegraph Brasil.
Em setembro, pela primeira vez na história, os criptoativos movimentaram mais de R$ 100 bilhões em um único mês, com um aumento de 300% em relação a agosto.
US$ 56,2 bilhões deixaram o Brasil por vias financeiras até outubro em 2024, de acordo com dados do Banco Central.

O saldo líquido de importação de criptoativos no Brasil somou US$ 14 bilhões entre janeiro e outubro de 2024, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC), contribuindo para o valor recorde de US$ 56,2 bilhões que deixaram o país por vias financeiras neste ano.
Trata-se do maior fluxo de saída de dólares no período desde que o BC começou a contabilizar oficialmente esses dados em 1982. O fluxo financeiro engloba operações de entrada e saída de dólares nos mercados de capitais, incluindo investimentos em criptoativos e ações em bolsas de valores estrangeiras, remessas de lucros e dividendos para o exterior e investimentos estrangeiros diretos no país.
O volume de importações de criptoativos atingiu US$ 15 bilhões no acumulado do ano em outubro, o que representa um crescimento de 57,9% em relação aos US$ 9,5 bilhões registrados no mesmo período no ano passado. As exportações no período somaram US$ 949 milhões este ano, contra US$ 463 milhões em 2023.
> Banco Central do Brasil vai abrir consulta pública para ver se cobra IOF em operações com stablecoins
Apesar do déficit na conta financeira do Brasil, os criptoativos não afetam as transações correntes do balanço de pagamentos, que acumularam um déficit de US$ 37,7 bilhões entre janeiro e outubro, segundo os dados revisados apresentados pelo BC.
Em julho, o BC adotou uma norma técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI) que modifica o status dos criptoativos nas estatísticas de balanços de pagamentos. A revisão metodológica teve um impacto significativo no saldo de transações correntes registrados em 2023 e 2024.
Anteriormente classificados como bens, os criptoativos passaram a ser considerados 'ativos não financeiros não produzidos'. Com isso, as importações de criptoativos deixaram de ser registradas na balança comercial e passaram a ser contabilizadas na conta de capital do Brasil, que compreende as transações de compra e venda de ativos não produzidos e transferências de capital.
Fernando Rocha, chefe do departamento de estatísticas do BC, atribuiu o resultado negativo registrado este ano à redução das entradas de capital estrangeiro pela via cambial, em uma reportagem publicada pela Folha de São Paulo:
> *“Neste ano, registramos um ingresso líquido menor de capital estrangeiro, que são aqueles fluxos de investimento direto, ações, renda fixa, empréstimos e outros. Eles somaram R$ 54,8 bilhões de janeiro e outubro do ano passado e agora foram R$ 31 bilhões.”*
> Brasil está no centro do projeto de expansão global da World, startup de criptomoedas e ID digital de Sam Altman
A tendência é que haja uma aceleração do fluxo de saída de capital do país no último trimestre, segundo Rocha, o que pode resultar na maior fuga de dólares do país na história. Até agora, o recorde foi registrado em 2019, quando US$ 65,8 bilhões deixaram o país.
Andrea Damico, economista-chefe da Armor Capital, citou a aceleração da remessa de lucros e dividendos de empresas estrangeiras e dos investimentos em criptomoedas como fatores estruturais para o saldo negativo da conta financeira do Brasil.
“A dinâmica de investimentos está favorecendo a saída de recursos do país neste ano", afirmou Damico. “No momento, não vejo perspectiva de reversão desse comportamento.”
Apesar do saldo negativo recorde na conta financeira, o fluxo cambial segue positivo no acumulado de janeiro a outubro, devido aos resultados positivos da balança comercial. Em outubro, foi registrado um superávit de US$ 3,4 bilhões.
A importação de criptoativos no Brasil está em tendência de alta em 2024, conforme noticiado recentemente pelo Cointelegraph Brasil.
Em setembro, pela primeira vez na história, os criptoativos movimentaram mais de R$ 100 bilhões em um único mês, com um aumento de 300% em relação a agosto.