Eli Vieira on Nostr: Na evolução humana, o ambiente social foi tão importante quanto, se não mais ...
Na evolução humana, o ambiente social foi tão importante quanto, se não mais importante, que o ambiente físico como fonte de seleção natural.
Exemplo: um estudo publicado em setembro no Journal of Vision testou como o cérebro humano processa faces em estímulo visual de forma inconsciente mais rápido do que imagens sem faces. Isso sugere um aparato biológico de detecção de faces que tem prioridade até antes de você ficar ciente de que está olhando para uma face.
A técnica usada é interessante em si mesma e existe há menos de 20 anos. É chamada de "supressão de flash contínuo", e consiste em mostrar uma imagem estática para um olho de uma pessoa, enquanto o outro olho vê uma mudança rápida (flashes) de imagens diferentes. O resultado disso é que a imagem estática não é mais vista, o estímulo visual é suprimido pelo cérebro, favorecendo as imagens mais dinâmicas no outro olho.
Usando essa técnica, os autores do novo estudo mediram quanto tempo uma pessoa levava para parar a supressão do estímulo de diferentes imagens estáticas. Resultado: "imagens com características mais próximas de uma face foram detectadas mais rápido que as que não tinham".
"Isso sugere que até estímulos ambíguos contendo características faciais como os contornos dos olhos e da boca são processados preferencialmente pelo cérebro, acima de outros tipos de estímulo", disseram os pesquisadores.
O ser humano é um bicho que nasce com um cérebro que busca avidamente por faces de outras pessoas no mundo. É uma adaptação social que favorece a sobrevivência e a reprodução. A vida social nos moldou da mesma forma que um criador de ovelhas as molda com o tempo, pela seleção, a produzir mais lã.
https://doi.org/10.1167/jov.24.9.18
Exemplo: um estudo publicado em setembro no Journal of Vision testou como o cérebro humano processa faces em estímulo visual de forma inconsciente mais rápido do que imagens sem faces. Isso sugere um aparato biológico de detecção de faces que tem prioridade até antes de você ficar ciente de que está olhando para uma face.
A técnica usada é interessante em si mesma e existe há menos de 20 anos. É chamada de "supressão de flash contínuo", e consiste em mostrar uma imagem estática para um olho de uma pessoa, enquanto o outro olho vê uma mudança rápida (flashes) de imagens diferentes. O resultado disso é que a imagem estática não é mais vista, o estímulo visual é suprimido pelo cérebro, favorecendo as imagens mais dinâmicas no outro olho.
Usando essa técnica, os autores do novo estudo mediram quanto tempo uma pessoa levava para parar a supressão do estímulo de diferentes imagens estáticas. Resultado: "imagens com características mais próximas de uma face foram detectadas mais rápido que as que não tinham".
"Isso sugere que até estímulos ambíguos contendo características faciais como os contornos dos olhos e da boca são processados preferencialmente pelo cérebro, acima de outros tipos de estímulo", disseram os pesquisadores.
O ser humano é um bicho que nasce com um cérebro que busca avidamente por faces de outras pessoas no mundo. É uma adaptação social que favorece a sobrevivência e a reprodução. A vida social nos moldou da mesma forma que um criador de ovelhas as molda com o tempo, pela seleção, a produzir mais lã.
https://doi.org/10.1167/jov.24.9.18