EduardoLuft on Nostr: Literalmente! "Iintencionalidade" é um termo resgatado por Brentano da filosofia ...
Literalmente!
"Iintencionalidade" é um termo resgatado por Brentano da filosofia medieval, marcando depois a fenomenologia de Husserl, mas sempre confundido com a inexistente filosofia da mente.
Especulação tem os dois traços da intencionalidade: a direção e o vínculo simbólico com a visão; mas "especulação" tira a noção de intencionalidade do fetiche da teoria da consciência.
Fetiche da consciência remete ao fetiche da mercadoria em Marx: a consciência, um produto banal da animalidade, assume características humanas, como as mercadorias no capitalismo, o que não eleva o humano, mas o rebaixa, na verdade.
Este é também o ponto de partida do pensamento moderno: fazer o sistema filosófico girar em torno de uma teoria da subjetividade compreendida como teoria da consciência; um ponto de partida que torna, como sabemos, toda a filosofia moderna refém da armadilha solipsista.
Especular é, pelo contrário, o ato conceitualmente mediado de direcionar-se ao futuro, antecipar algo, trazer como seu o que não é propriamente seu, como a subjetividade antecipando a coisa como objeto disponível. Mas toda esta atividade é linguisticamente mediada, quer dizer, um ato de social mediado por conceitos e lançado sobre um futuro pervadido por opacidade (daí a conexão com a abertura de possibilidades e a liberdade humana).
A subjetividade própria, o eu, é muito mais do que "consciência": é a identidade densa e profunda que a todos habita como resultado de toda uma história de construção pessoal e interpessoal no mundo da cultura (ou do "espírito" hegeliano), um fazer-se agente pensante e livre, uma entidade de certo modo paradoxal, porque ao mesmo tempo situada em um contexto histórico rico de sentido muito específico e ao mesmo tempo aberto, pela mediação dos conceitos, a todo o pensável, quer dizer, à Ideia.
"Iintencionalidade" é um termo resgatado por Brentano da filosofia medieval, marcando depois a fenomenologia de Husserl, mas sempre confundido com a inexistente filosofia da mente.
Especulação tem os dois traços da intencionalidade: a direção e o vínculo simbólico com a visão; mas "especulação" tira a noção de intencionalidade do fetiche da teoria da consciência.
Fetiche da consciência remete ao fetiche da mercadoria em Marx: a consciência, um produto banal da animalidade, assume características humanas, como as mercadorias no capitalismo, o que não eleva o humano, mas o rebaixa, na verdade.
Este é também o ponto de partida do pensamento moderno: fazer o sistema filosófico girar em torno de uma teoria da subjetividade compreendida como teoria da consciência; um ponto de partida que torna, como sabemos, toda a filosofia moderna refém da armadilha solipsista.
Especular é, pelo contrário, o ato conceitualmente mediado de direcionar-se ao futuro, antecipar algo, trazer como seu o que não é propriamente seu, como a subjetividade antecipando a coisa como objeto disponível. Mas toda esta atividade é linguisticamente mediada, quer dizer, um ato de social mediado por conceitos e lançado sobre um futuro pervadido por opacidade (daí a conexão com a abertura de possibilidades e a liberdade humana).
A subjetividade própria, o eu, é muito mais do que "consciência": é a identidade densa e profunda que a todos habita como resultado de toda uma história de construção pessoal e interpessoal no mundo da cultura (ou do "espírito" hegeliano), um fazer-se agente pensante e livre, uma entidade de certo modo paradoxal, porque ao mesmo tempo situada em um contexto histórico rico de sentido muito específico e ao mesmo tempo aberto, pela mediação dos conceitos, a todo o pensável, quer dizer, à Ideia.