pollyanna on Nostr: fotos de hoje e um texto que escrevi há sete anos. ...
fotos de hoje e um texto que escrevi há sete anos.
no começo a escuridão não incomodava ninguém, na verdade nem era sequer questionada. apenas existia e imersa nela estava o mundo conhecido. inclusive eu, que um dia abri os olhos e enxerguei, devagar, a luz.
aos poucos fui me esquecendo do conforto que senti na escuridão e quis permanecer onde estava iluminado. cheguei a sentir medo quando o sol dava lugar à lua e eu só conseguia enxergar vultos de objetos reais misturados com alguns criados em minha imaginação.
eu temia a escuridão que me saltava aos olhos e as profundezas de mim. achei que poderia fugir, porque recursos encontrei em toda parte.
mas eu caí. e no poço fundo e intenso do meu próprio ser eu vi de novo a escuridão. e eu não podia acender a luz no lugar em que me encontrava, teria de aprender a aceitar e acolher a escuridão exatamente como era.
foi desesperador e eu achei, por alguns segundos, que nunca mais veria a claridade novamente. mas, lentamente, o sufoco intenso foi dando lugar a um conforto e uma sensação de confiança foi tomando conta de mim.
quanto mais eu aceitava a escuridão, mais nítidas iam se formando as imagens dos objetos que estavam à minha frente. até que vi o contorno de uma porta. abri.
no começo a escuridão não incomodava ninguém, na verdade nem era sequer questionada. apenas existia e imersa nela estava o mundo conhecido. inclusive eu, que um dia abri os olhos e enxerguei, devagar, a luz.
aos poucos fui me esquecendo do conforto que senti na escuridão e quis permanecer onde estava iluminado. cheguei a sentir medo quando o sol dava lugar à lua e eu só conseguia enxergar vultos de objetos reais misturados com alguns criados em minha imaginação.
eu temia a escuridão que me saltava aos olhos e as profundezas de mim. achei que poderia fugir, porque recursos encontrei em toda parte.
mas eu caí. e no poço fundo e intenso do meu próprio ser eu vi de novo a escuridão. e eu não podia acender a luz no lugar em que me encontrava, teria de aprender a aceitar e acolher a escuridão exatamente como era.
foi desesperador e eu achei, por alguns segundos, que nunca mais veria a claridade novamente. mas, lentamente, o sufoco intenso foi dando lugar a um conforto e uma sensação de confiança foi tomando conta de mim.
quanto mais eu aceitava a escuridão, mais nítidas iam se formando as imagens dos objetos que estavam à minha frente. até que vi o contorno de uma porta. abri.