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Franz Frajick
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2024-08-22 17:39:55

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Nossa Senhora Rainha (Memória)
Data: 22 de Agosto

A memória de Nossa Senhora Rainha, de origem devocional, foi instituída em 1955 por Pio XII. Antes disso, a comemoração já era feita pela Ordem dos Frades Menores sob o título de "Santa Virgem Maria, Rainha da Ordem dos Menores", celebrada na Oitava da Imaculada Conceição da Virgem Maria, ou seja, no dia 15 de dezembro.

No novo Calendário Universal do Rito romano, a festa, antes celebrada no dia 31 de maio, é agora colocada na oitava da Assunção da Virgem Maria, no dia 22 de agosto. Situada no oitavo dia da solenidade da Assunção de Nossa Senhora, a comemoração de Nossa Senhora Rainha não passa de um desdobramento daquela solenidade, pois nela se proclama Nossa Senhora elevada ao céu e coroada Rainha dos anjos e dos homens, conforme afirma a Lumen gentium do Vaticano II: Maria foi elevada à glória celeste e exaltada pelo Senhor como Rainha do universo para que fosse mais plenamente conformada a seu Filho (LG 59).

O título de rainha dado a Maria, a Mãe do Rei eterno Jesus Cristo, o Pantocrátor, lhe foi dado já na Idade Média. Vários hinos ainda hoje usados o atestam: Salve Rainha, Rainha do céu, Ave, Rainha dos céus. Ela é proclamada Rainha nos mistérios do Rosário e na Ladainha lauretana. Nela, Maria é proclamada: Rainha dos anjos, Rainha dos patriarcas, Rainha dos profetas, Rainha dos Apóstolos, Rainha dos mártires, Rainha dos confessores, Rainha das virgens, Rainha de todos os santos, Rainha concebida sem pecado original, Rainha assunta ao céu, Rainha do Santo rosário, Rainha da paz. Na Saudação à Bem-aventurada Virgem Maria, Francisco de Assis a chama "Senhora, Rainha santa, santa Maria mãe de Deus". No Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi proclamada "Senhora e Rainha do Povo Brasileiro".

Claro que não devemos considerar a realeza de Maria em sentido social de realeza como dona de terras e de súditos a seu serviço, mas em sentido espiritual. Ela é a Mãe do Senhor do Universo, seu Filho Jesus Cristo, Senhor que serve. Maria, Rainha que serve porque é possuidora do Bem que ela deu ao mundo, o Salvador. Pelo batismo somos todos constituídos reis e rainhas do reino de Deus, isto é, possuidores da realidade suprema, o próprio Deus. Da realeza de Cristo, por quem, para quem e em quem foram criadas todas as coisas, participa sua Mãe santíssima, Rainha do universo.

Maria, participando da gloriosa realeza universal do Cristo, é proposta como modelo e sinal de esperança para os cristãos que, já revestidos da dignidade real do Senhor no Batismo, são chamados a reinar eternamente com ele.

Na Oração coleta a Igreja reconhece que Deus fez a Mãe de Jesus Cristo nossa Mãe e Rainha. Pede que, por sua intercessão, possamos alcançar o reino do Céu e a glória prometida aos filhos e filhas de Deus. A Oração sobre as oferendas lembra que o reino de Deus chega até nós pelo mistério da Cruz. Na Oração depois da Comunhão confessamos que o reino de Deus é o banquete eterno já antecipado na Eucaristia como sacramento do reino celeste.

Os hinos próprios da Liturgia das Horas exaltam Maria como Rainha, obra-prima da criação. Uma estrofe do hino de Vésperas diz: Ó Rainha e Mãe de todos, dos teus filhos ouve a voz, e, depois da vida frágil, a paz reine sobre nós.

A Antifona de Laudes resume bem o sentido da memória: Excelsa Rainha do mundo, Maria, ó Virgem perpétua, gerastes o Cristo, Senhor, de todos o Deus Salvador.

Referência:
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Os Santos na Liturgia: testemunhas de Cristo. Petrópolis: Vozes, 2013. 391 p. Adaptações: Equipe Pocket Terço.

Nossa Senhora Rainha, rogai por nós!

Fonte: https://pocketterco.com.br/liturgia/22/08/2024
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