Krishnamurti em português on Nostr: Ouvir sem Pensamento Não sei se alguma vez ouviram um pássaro. Ouvir alguma coisa ...
Ouvir sem Pensamento
Não sei se alguma vez ouviram um pássaro. Ouvir alguma
coisa exige que a nossa mente esteja silenciosa — não um silêncio místico, silêncio simplesmente.
Estou a dizer-vos algo e, para
me ouvirem, têm de estar silenciosos, e não com todo o tipo de
ideias a zunirem na vossa mente. Quando olham para uma flor,
olham para ela, sem estarem a dar-lhe um nome, sem a estarem a
classificar, sem dizerem que ela pertence a determinada espécie
— quando o fazem, deixam de a ver.
Assim, o que vos digo é que
ouvir é uma das coisas mais difíceis — ouvir o comunista, o
socialista, o deputado, o capitalista, qualquer pessoa, a vossa mulher, os vossos filhos, o vosso vizinho, o condutor do ônibus, o pássaro — apenas ouvir.
É só quando ouvem sem nenhuma ideia,
sem pensamento, que estão em contato direto; e ao estarem em
contato percebem se aquilo que o outro está a dizer é verdadeiro
ou falso; torna-se desnecessário discutir.
(A vida: 365 meditações diárias, Krishnamurti)
Não sei se alguma vez ouviram um pássaro. Ouvir alguma
coisa exige que a nossa mente esteja silenciosa — não um silêncio místico, silêncio simplesmente.
Estou a dizer-vos algo e, para
me ouvirem, têm de estar silenciosos, e não com todo o tipo de
ideias a zunirem na vossa mente. Quando olham para uma flor,
olham para ela, sem estarem a dar-lhe um nome, sem a estarem a
classificar, sem dizerem que ela pertence a determinada espécie
— quando o fazem, deixam de a ver.
Assim, o que vos digo é que
ouvir é uma das coisas mais difíceis — ouvir o comunista, o
socialista, o deputado, o capitalista, qualquer pessoa, a vossa mulher, os vossos filhos, o vosso vizinho, o condutor do ônibus, o pássaro — apenas ouvir.
É só quando ouvem sem nenhuma ideia,
sem pensamento, que estão em contato direto; e ao estarem em
contato percebem se aquilo que o outro está a dizer é verdadeiro
ou falso; torna-se desnecessário discutir.
(A vida: 365 meditações diárias, Krishnamurti)