Domini on Nostr: ...
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I’TS OVER, FELLAS?— Um ex-funcionário da BlackRock vence a candidata LGBT, e ainda dizem que “a direita venceu” na Alemanha.
Ontem nos surpreendemos com a vitória de Friedrich Merz, do CDU (Christlich Demokratische Union Deutschlands, em português “União Democrata-Cristã”), sobre a candidata Alice Weidel pelo partido AfD (Alternative für Deutschland, em português “Alternativa Para a Alemanha”) nas eleições pela chefia de governo n’Alemanha. A vitória foi um susto para aqueles que não acompanham a situação presente do país europeu, e também para aqueles que confiam nas inverdades propagadas pela imprensa, esses dois grupos de indivíduos, no momento, se preocupam com a suposta ascensão da ideologia política nacional-socialista, que no passado foi um problema para o restante do planeta, uma psyop da imprensa, que historicamente correlaciona qualquer reacionarismo ao nazifascismo. O partido do atual mandatário, Olaf Scholz, SPD (Sozialdemokratische Partei Deutschlands, em português “Partido Social-Democrata da Alemanha”), devido a reprovação do governo do mandatário, esteve como coadjuvante na disputa, amargurado um terceiro lugar e perdendo espaço para a AfD, que no momento consolida-se como segunda força política do país (emt tese).
Na Alemanha há já um partido neonazisтa, NPD (Nationaldemokratische Partei Deutschlands, em português “Partido Nacional-Democrático da Alemanha”, conhecido como Die Heimat, em português “A Pátria”), qual a adesão à este é equivalente ao PCO (Partido da Causa Operária) no Brasil, a AfD está entre o CDU (centro-direita) e a NPD (direita), tendo radicalização no seu discurso em proximidade à NPD, porém com aspectos mais brandos e conciliadores em relação ao direcionamento tomado pelo NPD, em exemplo a AfD não defende um nacionalismo étnico e isolacionismo antidiplomático como defende o NPD. Essa posição real do partido contraria a versão da imprensa — tanto nacional alemã quanto internacional —, que leva o leitor médio ao erro de crer que existe expansão do neonαzismo no país, quando na prática esse fenômeno apontado é o oposto, há uma adesão ao reacionarismo antagônico às recentes políticas multilaterais progressistas da esquerda liberal e da teoria econômica mista aplicada pelos sociais-democratas, que em via de se flexionar ao resgate histórico popular do nαzismo estagna-se antes dessa possibilidade por motivos relacionados ao zeitgeist e ao sentimento do povo alemão em relação à culpabilidade histórica da nação aos feitos vergonhosos sobre a Segunda Guerra Mundial, o que tornou e torna a AfD em uma alternativa palatável à direita “dialoguista” moderada presa à lógica do sistema regente e ao real e verdadeiro extremismo etnonacionalista da NPD — não significando que a AfD seja moderada.
O verdadeiro motivo da AfD não ter tido êxito sobre a CDU não foi o medo de parte da população sobre o suposto crescimento do neonazismo, e em verdade não foi somente um verdadeiro motivo, porém dois: 1) o primeiro motivo é a personagem Alice Weidel, que é oposta em vida às bandeiras conservadoras do partido, isso é, o partido porta-se ao povo como uma força conservadora, porém a liderança do partido passa por uma mulher lésbica, o partido traz consigo bandeiras favoráveis ao fim da aual política migratória, assim evitando a entrada de “não-assimilados”, porém a liderança do partido passa por uma mulher casada com uma imigrante. O eleitor pode ter — trata-se, portanto, de uma suposição — comparado a liderança da AfD com a figura de Friedrich Merz, uma figura já tradicional no partido e de uma ala mais conservadora que conseguiu acender sobre a ala mais à esquerda (alinhada à visão de Angela Merkel), e ter visto, então, mais confiabilidade nessa figura do que em Alice Weidel. 2) O segundo motivo, e principal, é a aproximação da AfD com a Rússia e relações promíscuas com a inteligência Russa, como exposto nos casos de Petr Bystron [1] e Wladimir Sergijenko [2], e explícitas pelas posições pró-Rússia em questões envolvendo sanções ao Estado russo e ataques à Guerra da Ucrânia promovida pelo governo de Vladimir Putin. Essa posição pró-Rússia é tolerável para os alemães orientais, região qual os votos para a AfD foram majoritários e que, de acordo com pesquisas feitas pela YouGov e Forsa [3][4] concentra maior parte dos alemães insatisfeitos com a posição pró-Ucrânia do governo alemão somada à política de apoio exercida pelo governo de Olaf Scholz. A adesão de parte da população à AfD, sem sombra de dúvidas, pode ser explicada pela proposta de restrição de entrada de imigrantes, principal bandeira do partido nessas eleições.
Friedrich Merz, entre 2016 e 2020, foi Presidente do Conselho de Supervisão da BlackRock [5], o tornando então em uma contradição ao movimento de ensaio nacionalista que as direitas políticas vem exercendo nos países europeus, assim como também em contradição à postura antiglobalista, uma vez que o fundo de investimentos é amplamente conhecido pela bandeira do ESG (Eviromental, Social and Government) em promoção do ambientalismo corporativo, do transumanismo (woke) e do aparelhamento ideológico de instituições. Apesar do mesmo ser católico e conservador conserva consigo os mesmos alicerces da corrente da democracia cristã em seu pensamento, portanto podendo ceder ao pragmatismo e, por consequência, firmar acordos com a esquerda e centro-esquerda.
A figura é marcada por posicionamentos dúbios, como em relação à sua posição frente ao casamento homossexual, qual se considera a favor, porém com ressalvas, entretanto é contra a legalização da maconha e contra o aborto, portanto atendendo aos anseios de uma parte conservadora da sociedade alemã, ironicamente em convergência ao perfil dos imigrantes que chegam à Alemanha em massa, pois são esses também conservadores.
[1] https://www.t-online.de/nachrichten/deutschland/innenpolitik/id_100404822/afd-skandal-spitzenkandidaten-brachten-mutmasslichen-spion-des-kremls-in-bundestag.html
[2] https://www.spiegel.de/politik/afd-mitarbeiter-erschlich-sich-deutschen-pass-einbuergerung-wird-rueckgaengig-gemacht-a-2188981c-a3a6-49ef-8cb2-190fd73cd45e
[3] https://www.huffingtonpost.es/global/alemania-dividida-sobre-solucion-ucrania-ponga-guerra.html?utm_source=chatgpt.com
[4] https://www.reuters.com/world/europe/thin-majority-germans-back-role-possible-ukraine-peacekeeping-mission-2025-02-18/?utm_source=chatgpt.com
[5] https://www.zdf.de/politik/frontal/kandidat-friedrich-merz-100.html