pollyanna on Nostr: fiquei com vontade de compartilhar este texto aqui. eu não sei de quando ele é, ...
fiquei com vontade de compartilhar este texto aqui. eu não sei de quando ele é, talvez de 2021.
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tem algo que pulsa em mim
e está quase pronto pra morrer
e dar lugar à novidade
mas eu tenho medo demais
então faço bolos
junto ingredientes
invento combinações
acendo o fogo
coloco no forno
é meio impressionante
que de uma massa estranha
surja um bolo
deixo o trabalho de transmutação pra ele
e adio o meu
tenho medo de me deixar arder
de integrar toda desconexão
que de repente surge em encontro
e abrir espaço pra que eu mesma emerja
tenho medo de me relacionar profundamente
com os outros
de sentir a pele
tenho medo do contato
então eu faço bolos
que as pessoas tocam
e eu fico só de longe
observando e torcendo pra que gostem
e quando gostam
eu quero fazer mais bolos
quando não gostam, também
o que está quase pronto pra morrer
é o medo, a aversão ao contato
ao toque, às relações diretas
o que está quase pronto pra morrer
é o medo do prazer, da alegria e da celebração
o que está quase pronto pra morrer
é o medo de deixar arder
o que é intenso sentir
o que está quase pronto para morrer
é a abertura para experimentar
para além do gostar ou não gostar
antes de seguir com isso
vou lá no forno buscar o bolo
que está pronto
e vou eu mesma comer
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tem algo que pulsa em mim
e está quase pronto pra morrer
e dar lugar à novidade
mas eu tenho medo demais
então faço bolos
junto ingredientes
invento combinações
acendo o fogo
coloco no forno
é meio impressionante
que de uma massa estranha
surja um bolo
deixo o trabalho de transmutação pra ele
e adio o meu
tenho medo de me deixar arder
de integrar toda desconexão
que de repente surge em encontro
e abrir espaço pra que eu mesma emerja
tenho medo de me relacionar profundamente
com os outros
de sentir a pele
tenho medo do contato
então eu faço bolos
que as pessoas tocam
e eu fico só de longe
observando e torcendo pra que gostem
e quando gostam
eu quero fazer mais bolos
quando não gostam, também
o que está quase pronto pra morrer
é o medo, a aversão ao contato
ao toque, às relações diretas
o que está quase pronto pra morrer
é o medo do prazer, da alegria e da celebração
o que está quase pronto pra morrer
é o medo de deixar arder
o que é intenso sentir
o que está quase pronto para morrer
é a abertura para experimentar
para além do gostar ou não gostar
antes de seguir com isso
vou lá no forno buscar o bolo
que está pronto
e vou eu mesma comer