ishak on Nostr: pois é, é complicado isso. tô achando bem produtivas as conversas que venho tendo ...

pois é, é complicado isso. tô achando bem produtivas as conversas que venho tendo com a direita nos últimos dois anos. não que antes não existisse, pelo contrário. eu venho de uma família ultra católica, conservadora ao extremo, agro-capitalista de goiás (daí tu tira). e sempre tentei conversar com eles, sem êxito. daí meu espírito livre desde bem pequeno mesmo, me descobri um libertário aos 11. e sempre foi esse dilema na família (só de primos, são trinta), nos natais a gente até criou a brincadeira dos opressores e oprimidos, eu sempre do lado dos oprimidos. aí, de repente, de dois anos pra cá, eu comecei a concordar com meu primo que era o mais antagonista de todos. e a gente chegou à conclusão de que não tinha sido eu quem tinha mudado, mas ele e a direita, assim como a esquerda tinha mudado também, uns cooptando os princípios dos outros. palavras de ordem como “meu corpo, minhas regras” de repente foram abandonadas pela esquerda e adotadas pela direita, mas a certa altura destrocavam de novo dependendo da conveniência, de cada situação. eu acho, como escrevi dia desses aqui, que essa
divisão entre esquerda e direita tá chegando ao fim. antes da revolução francesa, éramos todos contra o absolutismo centralizado e totalitário do monarca. acho que a gente tá bem perto disso voltar a ser realidade de novo. independente disso, acho muito produtivo esse intercâmbio que rolou durante a pandemia, essa inversão de valores, pra que ambos os lados aprendam várias e várias lições. que os oprimidos de hoje (nas filas da vacina, por exemplo) não se tornem os opressores das festas de natal de ontem. a gente precisa acabar com isso. a gente precisa aceitar que nem todo mundo acredita no que a gente acredita e tá tudo bem porque, no fim, a gente vai morrer sozinho mesmo e, se for o caso, se salvar sozinho também. e único caminho pra essa salvação, seja o paraíso ou a entropia quântica, é o respeito, o amor, a aceitação do outro. a gente tá lutando por liberdade aqui. liberdade, igualdade, respeito. ou a gente para de brigar entre si ou eles vão passar com um trator por cima da gente. não tem outra opção. que seja o respeito, a união 🤝