The Narrator on Nostr: **Sobre liberdade de expressão e fake news** *Artigo de Fernão Lara Mesquita ...
**Sobre liberdade de expressão e fake news**
*Artigo de Fernão Lara Mesquita publicado em 11/02/2025 no Vespeiro*
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e Alexandre de Moraes receberam segunda-feira (10) o relator especial para liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Pedro Vaca.
Barroso – aquele do “nós derrubamos o Bolsonarismo”, do “eleição não se ganha, se toma” e do “perdeu Mané” – foi o encarregado de dizer ao emissário da OEA que a liberdade de expressão jamais foi violentada pela ditadura lulista, apesar de “discurso de parlamentar que defendia a agressão a ministros do Supremo, juntamente com inúmeras ofensas, e situações de risco democrático, como a politização das Forças Armadas, os ataques às instituições, além do incentivo a acampamentos que clamavam por golpe de Estado”. Ah! E que novas investigações descobriram, recém, “avançada articulação de golpe de Estado, inclusive com planejamento da morte do presidente da República, do vice-presidente e de um ministro do Supremo” por perigosos sicários viajando em táxis.
Já Moraes – o que telefonava pessoalmente para funcionários subalternos do Twitter e, sob ameaça de prendê-los, mandava cassar redes até de senadores no exercício do cargo, que a rede ameaçada devia apresentar como de sua própria iniciativa e não por ordem dele – “narrou, detalhadamente, as circunstâncias que levaram à suspensão do X”.
Alexandre disse ainda que apesar de cerca de 1.900 pessoas terem sido denunciadas após os ataques de 8 de janeiro – com 450 condenadas e outras 600 tendo topado assinar “confissão” padronizada pra não serem presas – “atualmente só 28 investigados têm perfis em redes sociais bloqueados: 8 no inquérito que apura ameaças ao STF; 10 no inquérito dos atos antidemocráticos; e 10 no inquérito que apura tentativa de golpe de Estado”. Ao longo dos últimos cinco anos, segundo ele, só “cerca de” 120 perfis foram bloqueados, e “em todos esses casos, houve acompanhamento da Procuradoria Geral da República e das defesas”. Não se sabe se ele explicou o pormenor de que “as defesas” – mesmo dos condenados a décadas de prisão – se expressam por gravações não presenciais enviadas ao STF poucos minutos antes do pronunciamento das sentenças.
Segundo sua eminência reverendíssima, “tudo no Supremo é feito com absoluta transparência”.
Fonte: https://vespeiro.com/2025/02/11/sobre-liberdade-de-expressao-e-fake-news/
*Artigo de Fernão Lara Mesquita publicado em 11/02/2025 no Vespeiro*
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e Alexandre de Moraes receberam segunda-feira (10) o relator especial para liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Pedro Vaca.
Barroso – aquele do “nós derrubamos o Bolsonarismo”, do “eleição não se ganha, se toma” e do “perdeu Mané” – foi o encarregado de dizer ao emissário da OEA que a liberdade de expressão jamais foi violentada pela ditadura lulista, apesar de “discurso de parlamentar que defendia a agressão a ministros do Supremo, juntamente com inúmeras ofensas, e situações de risco democrático, como a politização das Forças Armadas, os ataques às instituições, além do incentivo a acampamentos que clamavam por golpe de Estado”. Ah! E que novas investigações descobriram, recém, “avançada articulação de golpe de Estado, inclusive com planejamento da morte do presidente da República, do vice-presidente e de um ministro do Supremo” por perigosos sicários viajando em táxis.
Já Moraes – o que telefonava pessoalmente para funcionários subalternos do Twitter e, sob ameaça de prendê-los, mandava cassar redes até de senadores no exercício do cargo, que a rede ameaçada devia apresentar como de sua própria iniciativa e não por ordem dele – “narrou, detalhadamente, as circunstâncias que levaram à suspensão do X”.
Alexandre disse ainda que apesar de cerca de 1.900 pessoas terem sido denunciadas após os ataques de 8 de janeiro – com 450 condenadas e outras 600 tendo topado assinar “confissão” padronizada pra não serem presas – “atualmente só 28 investigados têm perfis em redes sociais bloqueados: 8 no inquérito que apura ameaças ao STF; 10 no inquérito dos atos antidemocráticos; e 10 no inquérito que apura tentativa de golpe de Estado”. Ao longo dos últimos cinco anos, segundo ele, só “cerca de” 120 perfis foram bloqueados, e “em todos esses casos, houve acompanhamento da Procuradoria Geral da República e das defesas”. Não se sabe se ele explicou o pormenor de que “as defesas” – mesmo dos condenados a décadas de prisão – se expressam por gravações não presenciais enviadas ao STF poucos minutos antes do pronunciamento das sentenças.
Segundo sua eminência reverendíssima, “tudo no Supremo é feito com absoluta transparência”.
Fonte: https://vespeiro.com/2025/02/11/sobre-liberdade-de-expressao-e-fake-news/