ishak on Nostr: não, senhor, não sou olavista (bem longe disso) nem sabia que o texto era do olavo ...
não, senhor, não sou olavista (bem longe disso) nem sabia que o texto era do olavo (primeiro texto dele que leio em vinte anos, por sinal -- sim, já o li bastante, em especial os textos que ele publicava na cult, na bravo, e artigos sobre a metafísica de leibnitz e spinosa na virada dos 2000). pensei que fosse da butler :D sem ironias: meu princípio maior é sempre estar ao lado dos oprimidos, sempre. todavia: como a judith butler bem explicou em caminhos divergentes, dando o exemplo dos judeus (ela própria judia), pra fazer ponte com o exemplo das rads vs trans, os oprimidos de ontem (judeus, mulheres), caso não policiem suas ações, podem acabar emulando as posturas do opressor e se tornarem eles próprios opressores (sionistas, rads). foi a butler quem despertou essa consciência em mim quando eu ainda tinha 25, 27 anos, não o olavo. mas foi o que, lendo en passant, depois de cinquenta páginas de habermas, e já um tanto zonzo, depreendi do texto. a opressão é cíclica e alternam-se as partes, eterno retorno nietzscheano. não esquecer que, até 2016, o marco civil (última medida da dilma como presidente) era sagrado e a CPI dos crimes cibernéticos foi rotulado como tentativa de censura pela esquerda. bastaram dois anos.
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