ojk on Nostr: Vejo alguns especuladores, constantemente, proferindo que o advento da IA marcará o ...
Vejo alguns especuladores, constantemente, proferindo que o advento da IA marcará o fim da medicina. Discordo, em alguns pontos. E nesse texto vou demonstrar meu ponto de vista:
1 - Quanto ao raciocínio clínico:
Evidentemente, uma máquina pensa de uma maneira infinitamente superior ao ser humano. Sem sombra de dúvidas, eu não chego na sola da quantidade de informações guardadas no banco de dados de uma IA.
Porém, não podemos encurtar nossa análise simplesmente em PROBLEMA e RESOLUÇÃO DO PROBLEMA: "saber é fácil, o difícil é ter as manha".
Entre a queixa que um paciente possui e o diagnóstico realizado, há, além da coleta de informações, uma série de situações a serem vencidas, que apenas a IA não solucionará:
- Quanto o caráter do atendimento:
Eletivo ou Urgência/Emergência ? Tem indicação cirúrgica ? Precisa de transporte ? E se o paciente instabilizar no meio do caminho ?
- Quanto a logística:
Cadastro; Acolhimento; Triagem; Verificação de sinais vitais; Anamnese; Exame físico; Solicitação de exames pertinentes (e aqui é importante atentar-se ao gasto exorbitante); Orientações de internação, tratamento; Acolhimento de familiares; Visitas diárias na internação; Reavaliação sistemática (...)
Quem seria o responsável por realizar todo esse trâmite de coleta de informações, tomada de decisões e contato com familiar/paciente durante internação ?
- Quanto a tomada de decisões:
A medicina não é uma ciência exata. É mais fácil para uma IA gabaritar uma prova do ITA do que uma de residência da USP (o teste foi realizado, a prova do ITA foi 100%, da residência cerca de 85% de acerto ...)
- Quanto às panes informacionais:
Quando acaba a luz/gerador/internet, temos um papel, caneta e alguns materiais para exame físico (e isso é mais frequente do que parece).
Sim. Vivemos numa realidade que uma impressora com pouca tinta poderá atrasar seu atendimento em alguns minutos/horas. Não atoa, é comum em consultórios médicos em hospitais uma pasta dedicada a "Plano de Contingência".
Alguns pontos relevantes poderiam ser levantados aqui, mas falta-me tempo e dedicação o suficiente para me aprofundar, ainda mais, no assunto.
A IA, pelo menos no curto prazo, sem sombra de dúvidas, nos ajudará principalmente em:
- Tomada de decisões clínicas
- Checagem/Revisão de literatura
- Compilação de dados pertinentes: principalmente no campo da genética, imunologia e qualquer outra área que atue em grandezas atômicas.
- Gestão de pessoas/serviços
Para concluir, ainda que existissem cabines automatizadas que coletassem sangue/sinais vitais/queixa/exames de imagem pertinentes, sem sombra de dúvidas, é muito cedo e altamente especulativo afirmar que a necessidade humana é dispensável.
#nostrmed #plebchain #ia #bitcoin
1 - Quanto ao raciocínio clínico:
Evidentemente, uma máquina pensa de uma maneira infinitamente superior ao ser humano. Sem sombra de dúvidas, eu não chego na sola da quantidade de informações guardadas no banco de dados de uma IA.
Porém, não podemos encurtar nossa análise simplesmente em PROBLEMA e RESOLUÇÃO DO PROBLEMA: "saber é fácil, o difícil é ter as manha".
Entre a queixa que um paciente possui e o diagnóstico realizado, há, além da coleta de informações, uma série de situações a serem vencidas, que apenas a IA não solucionará:
- Quanto o caráter do atendimento:
Eletivo ou Urgência/Emergência ? Tem indicação cirúrgica ? Precisa de transporte ? E se o paciente instabilizar no meio do caminho ?
- Quanto a logística:
Cadastro; Acolhimento; Triagem; Verificação de sinais vitais; Anamnese; Exame físico; Solicitação de exames pertinentes (e aqui é importante atentar-se ao gasto exorbitante); Orientações de internação, tratamento; Acolhimento de familiares; Visitas diárias na internação; Reavaliação sistemática (...)
Quem seria o responsável por realizar todo esse trâmite de coleta de informações, tomada de decisões e contato com familiar/paciente durante internação ?
- Quanto a tomada de decisões:
A medicina não é uma ciência exata. É mais fácil para uma IA gabaritar uma prova do ITA do que uma de residência da USP (o teste foi realizado, a prova do ITA foi 100%, da residência cerca de 85% de acerto ...)
- Quanto às panes informacionais:
Quando acaba a luz/gerador/internet, temos um papel, caneta e alguns materiais para exame físico (e isso é mais frequente do que parece).
Sim. Vivemos numa realidade que uma impressora com pouca tinta poderá atrasar seu atendimento em alguns minutos/horas. Não atoa, é comum em consultórios médicos em hospitais uma pasta dedicada a "Plano de Contingência".
Alguns pontos relevantes poderiam ser levantados aqui, mas falta-me tempo e dedicação o suficiente para me aprofundar, ainda mais, no assunto.
A IA, pelo menos no curto prazo, sem sombra de dúvidas, nos ajudará principalmente em:
- Tomada de decisões clínicas
- Checagem/Revisão de literatura
- Compilação de dados pertinentes: principalmente no campo da genética, imunologia e qualquer outra área que atue em grandezas atômicas.
- Gestão de pessoas/serviços
Para concluir, ainda que existissem cabines automatizadas que coletassem sangue/sinais vitais/queixa/exames de imagem pertinentes, sem sombra de dúvidas, é muito cedo e altamente especulativo afirmar que a necessidade humana é dispensável.
#nostrmed #plebchain #ia #bitcoin