𝚋𝚊𝚝𝚜𝚒𝚚 on Nostr: Pᴇǫᴜᴇɴᴀ ᴏᴅᴇ ᴀ ᴜᴍᴀ ᴘᴇ̇ᴛᴀʟᴀ sᴇᴄᴀ ᴏᴜ A ...
Pᴇǫᴜᴇɴᴀ ᴏᴅᴇ ᴀ ᴜᴍᴀ ᴘᴇ̇ᴛᴀʟᴀ sᴇᴄᴀ ᴏᴜ A ᴇsᴘᴇʀᴀᴅᴀ ʀᴇssᴜʀʀᴇɪᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴅᴀ ʀᴏsᴀ
(Gerardo Mello Mourão)
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐷𝑜𝑟𝑎
Entre folhas de versos de Propércio
jaz a pétala seca a flor enxuta;
a rosa úmida e inteira jaz na gruta
do amor e da memória do poeta.
O que era rosa agora é quase espinho
e na pétala seca o que se oculta
é uma rosa de sonhos insepulta
um pássaro do qual só resta o ninho.
Talvez um dia, amor, orvalho e aurora
à mão da musa que a colheu em flor
ressuscitem aroma e forma e cor
e rosa torne a ser o que foi rosa outrora.
Talvez um dia a flauta antiga sopre Orfeu
e à pétala fiel as que se foram, voltem
e da corola nunca mais se soltem
e o rouxinol torne a cantar no ninho seu.
Copacabana, 29/11/97
(Gerardo Mello Mourão)
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐷𝑜𝑟𝑎
Entre folhas de versos de Propércio
jaz a pétala seca a flor enxuta;
a rosa úmida e inteira jaz na gruta
do amor e da memória do poeta.
O que era rosa agora é quase espinho
e na pétala seca o que se oculta
é uma rosa de sonhos insepulta
um pássaro do qual só resta o ninho.
Talvez um dia, amor, orvalho e aurora
à mão da musa que a colheu em flor
ressuscitem aroma e forma e cor
e rosa torne a ser o que foi rosa outrora.
Talvez um dia a flauta antiga sopre Orfeu
e à pétala fiel as que se foram, voltem
e da corola nunca mais se soltem
e o rouxinol torne a cantar no ninho seu.
Copacabana, 29/11/97