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Pedro Ataíde
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2024-03-20 20:53:21

Pedro Ataíde on Nostr: Acabem com a fraude do "feels like"! A temperatura "feels like", também designada ...

Acabem com a fraude do "feels like"!

A temperatura "feels like", também designada por "índice de calor" ou "temperatura aparente", não tem qualquer base científica, sendo utilizada pelos media "mainstream" apenas como uma forma de dramatizar o tempo, a fim de cumprir a agenda globalista e totalitária.

A temperatura "feels like" é também sintomática de uma tendência geral da sociedade "woke" e globalista: a de valorizar mais os sentimentos que os factos...

Um dos sinais de alerta de que isto não passa de um logro é o facto de os jornais, as TVs e os media em geral nunca nos dizerem como calculam a "temperatura aparente", e uma simples pesquisa mostrará que, perante os mesmos dados meteorológicos, diferentes meios de comunicação social reportam diferentes "sensações térmicas"...

Faça a sua própria pesquisa: ninguém faz o obséquio de lhe dizer como é que a "sensação térmica" ou "temperatura aparente" é calculada...
É-nos dado um número fora de contexto e sem qualquer indicação acerca da forma como o mesmo é medido...

O "feels like", que nos tem vindo a ser enfiado pela goela abaixo, é uma fraude, e há muitas outras provas disso:

a) Existe alguma ciência por detrás da dita "sensação térmica". O nome científico disso é "temperatura de "bolbo húmido"... E é, na verdade, uma função da temperatura e da humidade. Corresponde à capacidade de utilizar o arrefecimento evaporativo para arrefecer algo (como faz o corpo humano). A eficácia deste arrefecimento evaporativo diminui à medida que a humidade aumenta.
No entanto, a assunção que é feita no contexto da "sensação térmica" é a de que a estimativa de temperatura efectuada pela nossa mente é baseada numa humidade zero. Claro que isto é ridículo! Nenhum de nós tem qualquer experiência com um ambiente de humidade zero...

b) No âmbito da fraude do "feels like", não existem condições realistas em que 27 ºC (80 ºF) possam alguma vez ser sentidos como 27 ºC. Isto torna toda a ideia disparatada.

c) A ciência não consegue quantificar uma sensação. A ciência não tem resposta para tudo e criar-se uma fórmula que tenha a pretensão de quantificar uma "sensação" ilustra bem o aproveitamento abusivo da ciência, a qual é vestida para um objectivo para o qual é inadequada e com um fato que nunca lhe servirá. Uma sensação é algo que é específico de cada indivíduo. A ciência estuda fenómenos reproduzíveis, coisa que não pode, por definição, ser aplicada a uma sensação.

d) A "informação" acerca da "sensação térmica" é parte integrante de um sensacionalismo meteorológico que é óbvio para qualquer pessoa medianamente inteligente, e cuja disseminação tem como escopo: doutrinar o público na agenda ideológica e programática do globalismo wokista, totalitário e esquerdista; atrair a atenção do maior número possível de imbecis, de modo a maximizar os lucros, incluindo os provenientes da publicidade.

e) Estes índices não passam de artifícios matemáticos, concebidos e apresentados de forma a aumentar a realidade, com o desiderato de chamar a atenção do público.
A insistência neste logro está a tornar-se hilariante, como o comprova a recente notícia, abaixo referenciada, que dava conta de que os habitantes do Rio de Janeiro estariam a sentir uma temperatura aparente de 62,3 ºC... Isto quando a temperatura máxima real era de 42 ºC...
As pessoas que acreditam neste tipo de notícias fraudulentas são tão idiotas que não conseguem, sequer, fazer este raciocínio simples: bem, se a pessoa, em certas condições meteorológicas, está a sentir uma temperatura de 42 ºC como se a mesma fosse de 62,3 ºC, isso significa que a mesma está a experimentar exactamente a mesma sensação térmica que teria caso, em outras condições meteorológicas, a temperatura real fosse efectivamente de 62,3 ºC...
Convido esses idiotas a exporem-se a uma temperatura, real, de 62,3 ºC. Num segundo percebem tudo...

f) A ciência teria muita dificuldade em criar uma equação geral para a perda de calor de um corpo humano. Os seres humanos têm diferentes formas, tamanhos e consistências. A quantidade de calor que perdemos depende do nosso peso, do nosso tamanho e da constituição do nosso corpo. Os seres humanos são feitos de gordura, músculo, ossos, pele e partes mais ou menos finas, todas com diferentes configurações.
Seria impossível alguém construir um modelo matemático exacto da perda de calor de um corpo humano sem especificar o corpo humano em questão. Determinar o fluxo de calor de um objecto quente para uma substância mais fria é complicado, mesmo para um cubo de metal puro.

g) Efectivamente os seres humanos utilizam o arrefecimento evaporativo. Em condições normais, isto significa que os seres humanos são mais eficazes a arrefecerem-se a humidades mais baixas. Em suma, o princípio "menor humidade, ser humano mais confortável" é verdadeiro na maioria das circunstâncias em que o ser humano possa estar demasiado quente.
No entanto, o valor exacto em que os seres humanos arrefecem através do arrefecimento evaporativo varia de ser humano para ser humano e é cientificamente bastante complexo.
Prever os efeitos do arrefecimento evaporativo com base numa vasta gama de seres humanos é cientificamente impossível sem se ter em conta o peso corporal, a altura, o teor e a distribuição de gordura e, provavelmente, o metabolismo de cada indivíduo... e mesmo assim seria um cálculo provavelmente impossível.

h) A sensação vivenciada por um ser humano é algo que é único, específico e interno a essa pessoa, e tem a ver com todo um complexo de aparelhos humanos, desde os órgãos dos sentidos até ao cérebro, algo que a ciência não consegue captar, muito menos quantificar ou experienciar.
Mas o ponto principal aqui é que a sensação é uma experiência individual: se uma pessoa relata qual é a sensação térmica para ela, essa é a resposta correcta! Se um "cálculo" vier com uma resposta diferente para o que ela sente, esse "cálculo" está errado por definição!

https://www.msn.com/en-ph/news/other/record-heat-index-of-62-3c-scorches-rio-de-janeiro/ar-BB1k5b0Z?ocid=weather-verthp-feeds

https://www.financialexpress.com/world-news/brazilsnbsprio-de-janeiro-scorches-asnbspheat-index-hits-record-62-3-degrees-celsius/3429713/

https://expresso.pt/sociedade/meteorologia/2024-03-18-Onda-de-calor-no-Brasil-Rio-de-Janeiro-com-sensacao-termica-recorde-de-623C-47ea0cf3

Quanto à questão de fundo aqui em análise, convido-vos a ler o seguinte artigo:

http://ptaff.ca/humidex/?lang=en_CA

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