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2025-02-04 23:12:42

Valores inegociáveis

Valores inegociáveis

O presidente o Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, declarou que mais da metade dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 recusaram um acordo de não persecução penal por uma questão de “radicalismo ideológico”.

“Apenas pra desmistificar a idéia de que nós estamos lidando com ambulantes ou com a costureira que veio a Brasília invadir. São pessoas que têm um radicalismo ideológico a ponto de preferirem a condenação a aceitarem um acordo de não persecução penal em bases bastante leves.”

Ora, se o braço armado da ditadura oferece um acordo para não encarcerar inocentes e lhes propõem pagamento de multas, serviços comunitários, proibição de manifestação pública em redes sociais por dois anos e um curso de doutrinação esquerdista, é justamente porque sabe que não há base legal para a condenação.

Para começar, as pessoas foram presas sem a devida individualização de conduta; absolutamente todas as acusações foram genéricas; não houve qualquer prova material que confirmasse as acusações; não houve audiência de custódia e tampouco o respeito ao devido processo legal; não houve direito de defesa ou corte de apelação revisora.

Durante o julgamento, o STF usou o expediente de audiência virtual em que o advogado não tinha acesso à corte. A sustentação oral deveria ser previamente gravada e o vídeo submetido ao sistema de apelação da corte. Há diversos testemunhos de advogados que submeteram a gravação no prazo limite para o recebimento da defesa e a análise do STF foi dada em um tempo inferior à duração da sustentação oral do advogado de defesa, um claro flagrante que as peças sequer foram analisadas.

Aliviar contra pessoas que sequer tinham registro criminal e protestavam ordeiramente por mais de dois meses na frente dos quarteis só pode ser encarado de duas formas.

Primeiro, o STF sabe que a acusação é frágil e que todos os casos serão anulados.

Segundo, tentam acalmar os ânimos com medo de uma revolta popular ainda maior com um agravante: desta vez o alvo não é a quadrilha PTista.

Para quem foi condenado injustamente por um tribunal de exceção e sabe que não incorreu em crime algum, a oferta de não persecução penal é uma afronta à consciência moral. A honra destas pessoas não está à venda! Quem acampou por dois meses ininterruptos na frente dos quarteis clamando pelo restabelecimento da Lei e da Ordem, tem uma fibra moral e convicção de valores que não se dobram à canalhas como Barroso, a quem a "eleição não se ganha, se toma".

Esperar a compreensão de militantes como Barroso de que alguns valores são inegociáveis é o mesmo que tentar convencer a mosca que ronda a merda que o néctar das flores é mais palatável.

Fonte: https://x.com/GloboNews/status/1886571072033546373
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