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El Nardo II
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2024-09-28 03:05:23

El Nardo II on Nostr: # A Bíblia e a liberdade de expressão #curiosidades #Bíblia #bíblico ...

# A Bíblia e a liberdade de expressão
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A liberdade de expressão surgiu no contexto religioso para proteger a liberdade de consciência e exercício da fé particular, para que não mais fossem criminalizadas as expressões da religião. Isso, por si, é surpreendente, pois a maioria das religiões ensinam um modo restritivo de se expressar, evitar tudo aquilo que não edifica. Se a doutrina não apóia a liberdade de expressão porque os cristãos a defendem? O que a Bíblia realmente fala sobre isso?

### Palavras que justificam e condenam

A Bíblia ensina a ponderação e julgamento de todas as nossas vontades. Ao contrário das filosofias orientais,, que ensinam a reprimir todos as vontades para crescer espiritualmente e o outro extremo da permissividade e hedonismo de fazer tudo o que se deseja, Deus quer que consideremos Sua vontade expressa nas Sagradas Escrituras para discernir a natureza das nossas vontades e tomar a decisão de expressá-las ou não.

Nosso relacionamento com Deus acontece também por meio de palavras, por elas cremos, anuimos à Sua Aliança, votamos fidelidade e Ele assim as aceita como se fossem gravadas em pedras. Se tanto poder assim é conferido á elas, tal é a responsabilidade há em expressá-las! Se elas podem invocar o nome de Senhor para ser salvo, elas também podem ser mal utilizadas e desonrar a Deus e confirmar a condenação que já paira naturalmente sobre o homem.

Assim como a Palavra de Deus é fiel e Ele mesmo zela por ela, pela Seu cumprimento e credibilidade, também requer fidelidade de nossas palavras, especialmente nos votos religiosas, mas inclui também fidelidade aos nossos contratos uns com os outros. O cumprimento de contratos é importante para o mundo funcionar bem. Se as palavra fossem meros sons, tinta sobre uma superfície ou um aglomerado de bits exibidos em uma tela, sem importar significado e influenciá na vida real, a linguagem seria no mínimo dispensável. Deus apenas revela na Bíblia uma perspectiva séria sobre a importância da comunicação e seu peso na realidade.

Se as palavras influenciam na realidade, precisam ser tratadas se forma responsável, pois se podem construir uma realidade positiva, o contrário também é correto. Está escrito que Deus "enviou Sua Palavra e os curou". Se palavras têm valor terapêutico, obviamente tem potencial de adoecimento. A comunicação é mais poderosa do que imaginamos, mesmo se tratando de palavras humanas.

A Bíblia ensina o uso consciente das palavras e tem vários preceitos para orientar-nos a usar o dom da fala. Dois dos dez mandamentos fazem referência à fala, o terceiro, *Não tomarás o nome de Jeová, teu Deus, em vão", e o nono, "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo". Tomar o nome de Deus em vão é mais profundo do que apenas falar e o problema da falsidade vai além do que forjar um testemunho num tribunal. Em outros momentos Deus diz que somos chamados por Seu nome e "aquele que invoca o nome de Jeová, que se aparte da iniquidade, pois é vão ser reconhecido como cristão e invocá-lo se as obras negam que O conhecemos. Também a "língua enganosa" é apresentada como uma "seis coisas [que Deus mais] detesta e a ordem "Não mintam uns aos outros, certamente são extensões do nono mandamento.

Nela condenação para mentira, detração, fofoca, blasfêmias, amaldiçoar pais e autoridades, brigas (que podem ser verbais), falar de forma dura e até mesmo o usando o tom de gritaria, o que entristece o Espirito de Deus. A figura de linguagem de uma língua como arma de guerra, às vezes comparada a espadas, a flechas, também a fogo, a veneno de serpentes, não só mostra o poder de destruição que a fala tem o potencial de causar, mas porque Deus se propõe a julgar a má aplicação dela.

As palavras de um réu confesso são suficientes para sua condenação. Quando o homem expressa-se está mostrando para todos o que está cultivando em seu coração e se é um justificado ou condenado. Os que aceitam a justiça de Cristo e são nela justificados também aceitam ser transformados e cultivar novas e boas coisas para entregar aos outros. "O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más". Tirando coisas ruins de sua boca estás dizendo ao Juiz de todos: sou culpado de maldade, eu realmente tenho tesouros malditos aos quais me apego e não quero deixar". Se todos os avisos e oportunidades forem negligenciadas, a condenação é certa.

O homem bom que a Bíblia diz certamente é Jesus, cheio de bons tesouros que Ele nos deu, "sendo rico, fez-se pobre para que por Sua pobreza enriquecêssemos" com os tesouros da bondade. Trata-se de revelar Jesus na vida, o que inclui a conversação, quando "como maçãs de ouro em bandejas se prata [apresentamos] a palavra dita no seu tempo".

Ao contrário de um tribunal humano, o divino pode julgar o homem pelas suas palavras porque conhece as intenções do coração e toda a verdade, coisa que, por mais bem intencionados que um promotor, juiz trabalhando com agências de checagem e investigadores não podem conhecer plenamente, por isso Deus não conferiu aos juízes da nação de Israel julgar "fake news e nem condenar pessoas pela fala, exceto em contextos bem específicos, pelo contrário, a nação foi levantada com um templo onde era trabalhado didaticamente o plano da salvação, mostrando qual sempre foi o foco de Deus: salvar pecadores.

### Livre expressão x expressão sujeitada

Somente pessoas livres podem expressar-se livremente e o contexto humano atual é de cativeiro. Podemos argumentar o quanto for sobre liberdade, porém ao analisarmos a situação em que estamos enxergamos graves limitações que impedem a expressão livre.

A garrafa serve o que tem e a árvore frutifica o que a natureza dela permite. "Não pode a árvore boa dar maus frutos e a árvore má, bons frutos. Isso inclui a maneira de comunicar-se. Nesse momento há muitas pessoas querendo a capacidade de se comunicar melhor, fazendo cursos de aperfeiçoamento, etc. Outros simplesmente não ligam para isso. Independente se você faz parte de um ou outro grupo, você tem limitações no vocabulário que não vão se resolver só em abrir a boca agora, preciso buscar a expansão que não se tem, os cursos ajudam, mas eles não fazem o maravilhoso comunicador, fluente em várias línguas, vencer os problemas morais com sua comunicação, domar a sua língua.

Estar sujeito significa não conseguir livrar-se dos seus vícios de linguagem, não controlar o ímpeto de falar o que não convém, de demonstrar emoções de forma pecaminosa, especialmente a ira.

Ser livre para expressar-se também é ter sabedoria para falar temas delicados que precisam ser abordados. Muitas vezes, nossa própria mente é o pior censor e impede que falemos o que é preciso por medo, comodismo, um senso equivocado de proteção. É comum perder oportunidades nesse sentido, isso pode ser tão desastroso quanto falar o que não se deve. Podemos nos calar diante de injustiças ou perder a oportunidade de compartilhar o evangelho, por exemplo.

O cativeiro é a ignorância, pois sem o conhecimento aliada à experiência espiritual, não há liberdade, mas uma condição mais sujeita, ou cativa, proporcionalmente à sua ignorância. Quando se atinge a sabedoria acha-se liberdade. A pessoa pode até saber como compartilhar coisas más, mas ela terá mais condições para refrear esse ímpeto e compartilhar coisas melhores, mesmo que seja o silêncio.

### A liberdade de exprimir sua fé

Mesmo que a Bíblia apresente vários mandamentos sobre a comunicação humana e condene toda desobediência, há algumas nuances a se considerar antes de enxergar a Deus como o maior censor do Universo que patrulha todos as palavras para nos condenar.

Em Cristo há liberdade e a cruz mostra o quanto Deus respeita a expressão de fé do ser humano. Não é só o justo que vive pela fé, todos vivem. Quando a Bíblia diz que "há uma só fé", não trata-se de quantidade, mas de qualidade, pois só a fé em Cristo traz a vida plena.

Certamente é a fé que move o mundo, todo homem vive pelo que acredita e, por incrível que possa parecer, Deus respeita isso. Prova disso é que a revelação de Sua verdade não é apresentada de forma incontestável, dessa forma ela se imporia sobre tudo o que se possa acreditar, e não há dúvidas de que Deus poderia fazer isso se quisesse. Mas pelo sagrado direito da liberdade, Deus até permite que Sua própria existência possa ser questionada e também que a pessoa possa confiar naquilo que ela queira acreditar, e viver pela sua fé, ainda que alternativa.

Por isso que Deus apresenta o mundo profeticamente como a "Grande Babilônia Mística", uma clara referência à Babel e sua torre que causou confusão na humanidade. Todos querem se expressar como acreditam e por isso vivemos nos estranhando e há muita incompreensão.

Para todos nós, confusos nesse mundo, Deus tem o chamado: "saia dela (da Babilônia), povo Meu" e tem uma fé pura, unificadora, que traz vida e salvação, capaz de tornar a gerar ordem e entendimento mútuo porque é o mesmo Senhor com capacidade de operar tudo em todos e nenhuma outra fé é similar.

Por isso que a cruz é o maior símbolo de liberdade que existe. Ali Deus recebe a punição do abuso que fizemos à nossa própria liberdade, não só a liberdade de expressão falada, e Ele fez isso para deixar claro duas coisas, o Se amor por nós e que a condenação agora não é mais pelo nossos erros, mas pela recusa de aceitar Seu amor.

Embora a cruz reforce o ponto que só o amor é que deve dominar as palavras que saem da nossa boca, o que significa, sim, uma aversão enérgica ao mal, não há censura. Enquanto ele vai trabalhando semeando o bem em nós, Ele não arranca de pronto o mal, mas o processo de crescimento da fé nos faz desejar o melhor, como desejar mais a luz do que a escuridão e o processo de pureza da vida e supressão dos mal, inclusive verbalmente, não ocorrerá pela força.

O Mestre está ensinando todos nesse momento, de vez em quando sussurrando ou com um megafone, mas Ele está aí, incansável e paciente, conduzindo ao arrependimento e expandindo as limitações naturais para que possamos ser ricos dos bens celestes e partilhar, quer por palavra ou ação. Se rejeitarmos esse convite maravilhoso de liberdade, onde mais a encontraremos?
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