Fabiano on Nostr: Título da obra em latim MEDULLA S. THOMAE AQUITATIS PER OMNES ANNI LITURGICI DIES ...
Título da obra em latim
MEDULLA S. THOMAE AQUITATIS PER OMNES ANNI LITURGICI DIES DISTRBUITA, SEU MEDITATIONES EX OPERIBUS S. THOMAE DEPROMPTAE
Recopilação e ordenação de
FR. Z. MÉZARD O. P.
OBSERVAÇÃO
Todos os títulos com asterisco contêm material que hoje
não mais se atribui a Santo Tomás de Aquino
23. Quinta-feira depois da III semana da Quaresma: A pregação da samaritana
Quinta-feira da III Semana da Quaresma
«A mulher, pois, deixou o seu cântaro, e foi à cidade» (Jo 4, 28)
Após ter sido instruída por Cristo, a samaritana fez trabalho de apóstolo. Três coisas podemos sublinhar de suas palavras e atos.
I
A devoção que sentia e manifestou dos dois modos seguintes:
a) Movida por intensa devoção, a samaritana como que se esqueceu da razão pela qual viera à fonte e abandonou água e cântaro. É o que diz o texto: "a mulher deixou o seu cântaro, e foi à cidade", para anunciar a grandeza de Cristo, sem cuidar das necessidades do corpo. Nisso seguiu o exemplo dos Apóstolos que, após terem tudo deixado para trás, seguiram o Senhor. Ora, o cântaro significa a concupiscência das coisas do século, com o qual do fundo das trevas significado pelo poço, i.é, do trato com as coisas terrenas, os homens extraem os prazeres. Portanto, os que abandonam as concupiscências do século por Deus, abandonam o cântaro.
b) A intensidade de sua devoção manifesta-se ainda pela multidão daqueles a quem anuncia o Cristo, pois não foi a um, nem a dois ou três, mas a toda a cidade. Diz o texto: "...e foi à cidade".
II
A qualidade de sua pregação: "e disse àquela gente: vinde ver um homem...".
a) Ela convida todos a ver o Cristo: "Vinde ver um homem". Ela não diz imediatamente para que viessem ao Cristo, para não dar ocasião a blasfêmia; ao contrário, começa dizendo coisas que eram críveis e patentes, a saber, que era um homem. Ela não diz: crede, e sim: vinde ver, pois sabiam que, se bebessem daquela fonte, vendo-o, experimentariam o mesmo que ela experimentou. Por fim, a samaritana segue o exemplo do verdadeiro pregador, e não chama os homens para si, mas para o Cristo.
b) Oferece uma prova da divindade do Cristo, ao dizer: "que me disse tudo o que eu tenho feito", ou seja, quantos homens tivera a samaritana. Ela não se envergonha de contar aquilo que lhe é motivo de confusão, pois a alma abrasada com o fogo divino não se importa mais com nada terreno, nem com a glória, nem com a vergonha, mas apenas com essa chama que nela queima.
c) Conclui confessando a majestade de Cristo, ao dizer: "será este porventura o Cristo?" Ela não ousou afirmar que era o Cristo, para que não aparentasse ensinar os outros: temia que, irritados, eles se recusassem a ir ao Cristo. Tampouco o silenciou totalmente, mas o propôs sob a forma de pergunta, como se submetesse o seu julgamento ao deles. De fato, este era o meio mais fácil de persuadi-los.
III
O fruto de sua pregação.
"Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele". Por onde se vê que, se quisermos ir ao Cristo, devemos também deixar a cidade, i. é, abandonar o amor da concupiscência carnal. "Saiamos, pois, a ele fora dos arraiais", diz são Paulo (Heb 13, 13)
In Joan., IV.
(P. D. Mézard, O. P., Meditationes ex Operibus S. Thomae.)
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MEDULLA S. THOMAE AQUITATIS PER OMNES ANNI LITURGICI DIES DISTRBUITA, SEU MEDITATIONES EX OPERIBUS S. THOMAE DEPROMPTAE
Recopilação e ordenação de
FR. Z. MÉZARD O. P.
OBSERVAÇÃO
Todos os títulos com asterisco contêm material que hoje
não mais se atribui a Santo Tomás de Aquino

23. Quinta-feira depois da III semana da Quaresma: A pregação da samaritana
Quinta-feira da III Semana da Quaresma
«A mulher, pois, deixou o seu cântaro, e foi à cidade» (Jo 4, 28)
Após ter sido instruída por Cristo, a samaritana fez trabalho de apóstolo. Três coisas podemos sublinhar de suas palavras e atos.
I
A devoção que sentia e manifestou dos dois modos seguintes:
a) Movida por intensa devoção, a samaritana como que se esqueceu da razão pela qual viera à fonte e abandonou água e cântaro. É o que diz o texto: "a mulher deixou o seu cântaro, e foi à cidade", para anunciar a grandeza de Cristo, sem cuidar das necessidades do corpo. Nisso seguiu o exemplo dos Apóstolos que, após terem tudo deixado para trás, seguiram o Senhor. Ora, o cântaro significa a concupiscência das coisas do século, com o qual do fundo das trevas significado pelo poço, i.é, do trato com as coisas terrenas, os homens extraem os prazeres. Portanto, os que abandonam as concupiscências do século por Deus, abandonam o cântaro.
b) A intensidade de sua devoção manifesta-se ainda pela multidão daqueles a quem anuncia o Cristo, pois não foi a um, nem a dois ou três, mas a toda a cidade. Diz o texto: "...e foi à cidade".
II
A qualidade de sua pregação: "e disse àquela gente: vinde ver um homem...".
a) Ela convida todos a ver o Cristo: "Vinde ver um homem". Ela não diz imediatamente para que viessem ao Cristo, para não dar ocasião a blasfêmia; ao contrário, começa dizendo coisas que eram críveis e patentes, a saber, que era um homem. Ela não diz: crede, e sim: vinde ver, pois sabiam que, se bebessem daquela fonte, vendo-o, experimentariam o mesmo que ela experimentou. Por fim, a samaritana segue o exemplo do verdadeiro pregador, e não chama os homens para si, mas para o Cristo.
b) Oferece uma prova da divindade do Cristo, ao dizer: "que me disse tudo o que eu tenho feito", ou seja, quantos homens tivera a samaritana. Ela não se envergonha de contar aquilo que lhe é motivo de confusão, pois a alma abrasada com o fogo divino não se importa mais com nada terreno, nem com a glória, nem com a vergonha, mas apenas com essa chama que nela queima.
c) Conclui confessando a majestade de Cristo, ao dizer: "será este porventura o Cristo?" Ela não ousou afirmar que era o Cristo, para que não aparentasse ensinar os outros: temia que, irritados, eles se recusassem a ir ao Cristo. Tampouco o silenciou totalmente, mas o propôs sob a forma de pergunta, como se submetesse o seu julgamento ao deles. De fato, este era o meio mais fácil de persuadi-los.
III
O fruto de sua pregação.
"Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele". Por onde se vê que, se quisermos ir ao Cristo, devemos também deixar a cidade, i. é, abandonar o amor da concupiscência carnal. "Saiamos, pois, a ele fora dos arraiais", diz são Paulo (Heb 13, 13)
In Joan., IV.
(P. D. Mézard, O. P., Meditationes ex Operibus S. Thomae.)
#God #Deus #Isten #Gott #Jesus #Católico #Catholic #Katholik #katholisch #Katolikus #catholique #Faith #Fé #foi #信仰 #Latin #Latim #Gospel #Evangelho #Evangélium #évangile #Dieu #福音 #日本 #カトリック #Bible #Biblestr #Nostr #Grownostr
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MEDULLA S. THOMAE AQUITATIS PER OMNES ANNI LITURGICI DIES DISTRBUITA, SEU MEDITATIONES EX OPERIBUS S. THOMAE DEPROMPTAE
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OBSERVAÇÃO
Todos os títulos com asterisco contêm material que hoje
não mais se atribui a Santo Tomás de Aquino
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22. Quarta-feira depois do III domingo da Quaresma: O Preço da Nossa Redenção
Quarta-feira da III Semana da Quaresma
«fostes comprados por um grande preço» (1 Cor 6, 20)
A injúria ou sofrimento mede-se pela dignidade do lesado: sofre maior injúria o rei, se esbofeteado, do que sofreria alguma pessoa privada. Ora, a dignidade da pessoa de Cristo é infinita, pois é uma pessoa divina. Portanto, qualquer sofrimento seu, por menor que seja, é infinito. Por conseqüência, qualquer sofrimento seu seria suficiente para a redenção de todo o gênero humano, mesmo sem sua morte.
Diz S. Bernardo que a menor gota de sangue de Cristo bastaria para a redenção do gênero humano. Ora, Cristo poderia ter derramado uma única gota de seu sangue sem morrer, logo, era possível que, mesmo sem morrer, redimisse todo o gênero humano com algum sofrimento seu.
Para se efetuar uma compra, duas coisas fazem-se necessárias: o montante do preço e sua destinação para a compra. Se alguém dá um valor inferior ao da coisa que se quer adquirir, não se diz que houve compra, mas que houve compra em parte e doação em parte: por exemplo, se alguém comprar um livro que vale vinte libras com apenas dez, em parte comprou o livro e em parte, o livro lhe foi dado. Do mesmo modo, se desse um valor mais alto mas não o destinasse à compra do livro, não se poderia dizer que houve compra.
Se, portanto, tratamos da redenção do gênero humano quanto ao preço, qualquer sofrimento de Cristo, mesmo sem morte, seria suficiente, pela infinita dignidade da sua pessoa.
Se, porém, falamos quanto a destinação do preço, então é preciso dizer que os demais sofrimentos do Cristo não foram destinados por Deus Pai e pelo Cristo para a redenção do gênero humano sem sua morte.
E isto por tríplice razão:
1. Para que o preço da redenção do gênero humano não fosse apenas de valor infinito, mas também do mesmo gênero; isto é, para que fossemos redimidos da morte, pela morte.
2. Para que a morte de Cristo não fosse apenas preço da redenção, mas também exemplo de virtude, para que os homens não temessem morrer pela verdade. E estas duas causas são assinaladas pelo Apóstolo: «a fim de destruir pela sua morte aquele que tinha o império da morte» (Heb 2, 14), quanto ao primeiro ponto e «para livrar aqueles que, pelo temor da morte, estavam em escravidão toda a vida» (Heb 2, 15), quanto ao segundo
3. Para que a morte de Cristo fosse também sacramento de salvação; pois, em virtude da morte de Cristo, morremos para o pecado, para as concupiscências da carne e para o amor próprio. E esta causa está assinalada nas Escrituras: «também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados, ele, justo pelos injustos, para nos oferecer a Deus, sendo efetivamente morto segundo a carne, mas vivificado pelo Espírito» (1 Pd 3, 18).
E, por isso, o gênero humano não foi redimido sem a morte de Cristo.
Mas, permanece verdade que Cristo, que não apenas deu sua vida, mas ainda sofreu tanto quanto se pode sofrer, teria pago um preço suficiente pela redenção do gênero humano, ainda que a menor parcela de sofrimento tivesse sido divinamente destinada a este fim; e isto, por causa da infinita dignidade da pessoa do Cristo.
Quodl. II, q. I, a. II
(P. D. Mézard, O. P., Meditationes ex Operibus S. Thomae.)
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