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Livros muito perigosos
A Enciclopedia Britânica listou algumas obras da literatura que em algum momento foram proibidos. Muitos deles se tornaram clássicos na literatura universal.
Alice no País das Maravilhas (Lewis Carroll, 1865) - Alguns achavam que a obra disfarçava desejos sexuais adultos. Outros viam alusões a drogas quando Alice come o cogumelo para crescer. Uma província chinesa proibiu a obra porque ela colocava animais falando, o que poderia criar uma confusão de conceitos e ser "catastrófico para a sociedade".
Trópico de Cancer (Henry Miller, 1934) - a autobiografia disfarçada do escritor americano inclui cenas de sadomasoquismo, prostituição e estupro, tudo misturado com observações sobre a alegria da vida. Condenada na época de sua publicação, virou moda durante os anos 1960, celebrada pela chamada "geração beat".
1984 (George Orwell, 1949) - A crítica do inglês Orwell ao stalinismo ficou proibida na União Soviética até a queda do comunismo, em 1988. Mesmo nos EUA alguns grupos confundiram tudo e pediram o banimento da obra por acharem que era "pró-comunista".
Lolita (Vladimir Nabokov,1955) - A tragicomédia escrita pelo russo Nabokov (refugiado na França) conta a história de um velho professor que enlouquece ao se apaixonar por uma menina de 12 anos. O livro, definido como "pornografia esnobe", foi um sucesso imediato, mas alguns países como França, Inglaterra, Argentina, Nova Zelândia e África do Sul baniram sua venda por uma década. Para lançar sua adaptação para cinema em 1962, Stanley Kubrick teve que amenizar muitos detalhes do enredo.
Os Versos Satânicos (Salman Rushdie, 1988) - o indiano Rushdie ousou escrever uma sátira sobre dois muçulmanos com dificuldade para entender a cultura ocidental. Líderes muçulmanos logo se enfureceram com supostas gozações ao profeta Maomé e transcrições do Alcorão. No ano seguinte à publicação o aiatolá Ruhollah Khomeini, o novo ditador do Irã, aplicou a maior das censuras: emitiu uma fatwa (ordem) clamando pelo assassinato de Rushdie e seus editores. O livro foi proibido na India, Bangladesh, Egito, Paquistão e África do Sul. Em 2022 o autor sofreu um violento atentado numa cidade próxima a Nova York. Rushdie perdeu um olho no atentado.
O post https://revistaoeste.com/cultura/livros-muito-perigosos/
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A Enciclopedia Britânica listou algumas obras da literatura que em algum momento foram proibidos. Muitos deles se tornaram clássicos na literatura universal.
Alice no País das Maravilhas (Lewis Carroll, 1865) - Alguns achavam que a obra disfarçava desejos sexuais adultos. Outros viam alusões a drogas quando Alice come o cogumelo para crescer. Uma província chinesa proibiu a obra porque ela colocava animais falando, o que poderia criar uma confusão de conceitos e ser "catastrófico para a sociedade".
Trópico de Cancer (Henry Miller, 1934) - a autobiografia disfarçada do escritor americano inclui cenas de sadomasoquismo, prostituição e estupro, tudo misturado com observações sobre a alegria da vida. Condenada na época de sua publicação, virou moda durante os anos 1960, celebrada pela chamada "geração beat".
1984 (George Orwell, 1949) - A crítica do inglês Orwell ao stalinismo ficou proibida na União Soviética até a queda do comunismo, em 1988. Mesmo nos EUA alguns grupos confundiram tudo e pediram o banimento da obra por acharem que era "pró-comunista".
Lolita (Vladimir Nabokov,1955) - A tragicomédia escrita pelo russo Nabokov (refugiado na França) conta a história de um velho professor que enlouquece ao se apaixonar por uma menina de 12 anos. O livro, definido como "pornografia esnobe", foi um sucesso imediato, mas alguns países como França, Inglaterra, Argentina, Nova Zelândia e África do Sul baniram sua venda por uma década. Para lançar sua adaptação para cinema em 1962, Stanley Kubrick teve que amenizar muitos detalhes do enredo.
Os Versos Satânicos (Salman Rushdie, 1988) - o indiano Rushdie ousou escrever uma sátira sobre dois muçulmanos com dificuldade para entender a cultura ocidental. Líderes muçulmanos logo se enfureceram com supostas gozações ao profeta Maomé e transcrições do Alcorão. No ano seguinte à publicação o aiatolá Ruhollah Khomeini, o novo ditador do Irã, aplicou a maior das censuras: emitiu uma fatwa (ordem) clamando pelo assassinato de Rushdie e seus editores. O livro foi proibido na India, Bangladesh, Egito, Paquistão e África do Sul. Em 2022 o autor sofreu um violento atentado numa cidade próxima a Nova York. Rushdie perdeu um olho no atentado.
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