pollyanna on Nostr: mais um conto de 2020. :) -- Um coelho branco caminhava devagar por uma trilha no ...
mais um conto de 2020. :)
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Um coelho branco caminhava devagar por uma trilha no meio da floresta. Parecia despreocupado. Depois de andar um pouco, olhou para seu lado esquerdo e viu muitas frutinhas vermelhas em um arbusto que pareciam convidá-lo para que as colhesse.
O coelho hesitou por poucos segundos, mas pegou algumas frutas e as colocou em um bolso que acabara de improvisar com seus próprios pêlos.
Mais adiante, o coelho viu um arbusto em seu lado direito, cheio de frutinhas amarelas. Elas também pareciam chamá-lo, como se estivessem prontas para uma nova vida em outros corpos.
O coelho as pegou com delicadeza, uma a uma, até que percebeu ter coletado o suficiente para caber em seu outro bolso feito naquele instante em seu próprio pêlo.
O coelho seguiu caminhando mais um pouco e adentrou a mata. Poucos metros à frente se encontrou com um pássaro que estava no chão e parecia faminto. O coelho logo se lembrou das frutinhas e deu-lhe três das vermelhas. O passarinho as pegou e, de súbito, voou.
Ele continuou trilhando seu caminho quando um ratinho parou em sua frente. Ele estava com os pêlos arrepiados, bem magro e seus olhos de pedinte fizeram com que o coelho imediatamente pegasse o restante das frutinhas vermelhas para lhe entregar.
No mesmo instante, o passarinho com quem acabara de se encontrar sobrevoou os dois. O rato quis se esconder, como se os dois já tivessem se visto antes e tivessem se estranhado.
Mas o pássaro não fez nada com ele naquela hora, apenas voou e pousou em uma árvore lá perto. O coelho olhou para um e para o outro e viu que estavam ambos tranquilos. O rato acabara de comer as frutinhas e não havia mais resquícios do que quer que tenha se passado entre os dois.
O coelho seguiu feliz e uma borboleta com a asa machucada pousou em seu nariz. Ele olhou dentro de seus olhos e, de repente, não era mais coelho. Agora tinha asas, era pequeno e colorido, e uma beleza sem fim. Transformou-se em borboleta. O coelho sentiu-se aprisionado, estranho, entristeceu-se.
Mas logo lá do alto ele avistou o ratinho novamente, parecendo estar caçando algo no chão. De repente, viu o pássaro lhe dando bicadas e quis interferir. Mas ele era apenas uma borboleta, pensou, ninguém o ouviria.
Foi então que viu um pequeno pássaro no chão e percebeu que era ele que os dois bichos estavam procurando.
O coelho-borboleta pousou em cima do pequeno pássaro e ficou com as asas abertas para protegê-lo. O rato, que estava correndo, deu uma patada em sua asa e a machucou. O coelho-borboleta procurou, mas o pássaro maior tinha sumido.
Antes que o ratinho fizesse qualquer outro movimento, os três ouviram um animal se aproximar. O rato correu para ver o que era. O animal era o coelho. Ele se aproximou do ratinho e logo lhe entregou as frutinhas.
Pouco antes do encontro entre o rato e o coelho, o passarinho se aproximou, carregou seu filhote e passou por cima do ratinho e do coelho.
O coelho-borboleta, sem entender nada, seguiu o coelho e pousou em seu nariz. Imediatamente o coelho voltou a si.
Tendo vivido aquele estranho momento, olhou de novo para a borboleta e suas asas estavam perfeitas novamente.
Ele não sabia o que fazer, apenas sentiu gratidão. Decidiu seguir. Adentrou sua toca e lá estavam seus filhos, sua companheira, o rato, o pássaro e a borboleta. Os três tinham levado comida conforme suas possibilidades. Ele juntou as frutinhas amarelas e todos comeram em celebração.
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Um coelho branco caminhava devagar por uma trilha no meio da floresta. Parecia despreocupado. Depois de andar um pouco, olhou para seu lado esquerdo e viu muitas frutinhas vermelhas em um arbusto que pareciam convidá-lo para que as colhesse.
O coelho hesitou por poucos segundos, mas pegou algumas frutas e as colocou em um bolso que acabara de improvisar com seus próprios pêlos.
Mais adiante, o coelho viu um arbusto em seu lado direito, cheio de frutinhas amarelas. Elas também pareciam chamá-lo, como se estivessem prontas para uma nova vida em outros corpos.
O coelho as pegou com delicadeza, uma a uma, até que percebeu ter coletado o suficiente para caber em seu outro bolso feito naquele instante em seu próprio pêlo.
O coelho seguiu caminhando mais um pouco e adentrou a mata. Poucos metros à frente se encontrou com um pássaro que estava no chão e parecia faminto. O coelho logo se lembrou das frutinhas e deu-lhe três das vermelhas. O passarinho as pegou e, de súbito, voou.
Ele continuou trilhando seu caminho quando um ratinho parou em sua frente. Ele estava com os pêlos arrepiados, bem magro e seus olhos de pedinte fizeram com que o coelho imediatamente pegasse o restante das frutinhas vermelhas para lhe entregar.
No mesmo instante, o passarinho com quem acabara de se encontrar sobrevoou os dois. O rato quis se esconder, como se os dois já tivessem se visto antes e tivessem se estranhado.
Mas o pássaro não fez nada com ele naquela hora, apenas voou e pousou em uma árvore lá perto. O coelho olhou para um e para o outro e viu que estavam ambos tranquilos. O rato acabara de comer as frutinhas e não havia mais resquícios do que quer que tenha se passado entre os dois.
O coelho seguiu feliz e uma borboleta com a asa machucada pousou em seu nariz. Ele olhou dentro de seus olhos e, de repente, não era mais coelho. Agora tinha asas, era pequeno e colorido, e uma beleza sem fim. Transformou-se em borboleta. O coelho sentiu-se aprisionado, estranho, entristeceu-se.
Mas logo lá do alto ele avistou o ratinho novamente, parecendo estar caçando algo no chão. De repente, viu o pássaro lhe dando bicadas e quis interferir. Mas ele era apenas uma borboleta, pensou, ninguém o ouviria.
Foi então que viu um pequeno pássaro no chão e percebeu que era ele que os dois bichos estavam procurando.
O coelho-borboleta pousou em cima do pequeno pássaro e ficou com as asas abertas para protegê-lo. O rato, que estava correndo, deu uma patada em sua asa e a machucou. O coelho-borboleta procurou, mas o pássaro maior tinha sumido.
Antes que o ratinho fizesse qualquer outro movimento, os três ouviram um animal se aproximar. O rato correu para ver o que era. O animal era o coelho. Ele se aproximou do ratinho e logo lhe entregou as frutinhas.
Pouco antes do encontro entre o rato e o coelho, o passarinho se aproximou, carregou seu filhote e passou por cima do ratinho e do coelho.
O coelho-borboleta, sem entender nada, seguiu o coelho e pousou em seu nariz. Imediatamente o coelho voltou a si.
Tendo vivido aquele estranho momento, olhou de novo para a borboleta e suas asas estavam perfeitas novamente.
Ele não sabia o que fazer, apenas sentiu gratidão. Decidiu seguir. Adentrou sua toca e lá estavam seus filhos, sua companheira, o rato, o pássaro e a borboleta. Os três tinham levado comida conforme suas possibilidades. Ele juntou as frutinhas amarelas e todos comeram em celebração.